O senador Eduardo Girão
(Podemos-CE) apresentou ao Ministério da Saúde na última sexta-feira (18)
um manifesto sugerindo que o Sistema Único de Saúde
(SUS) inclua os remédios à base de canabidiol (CBD), uma das substâncias da
maconha (Cannabis sativa),
na lista de medicamentos fornecidos gratuitamente aos pacientes que fazem uso
desses produtos em seus tratamentos.
Segundo o manifesto, que
conta com o apoio de 28 senadores, com a
anuência do Conselho Federal de Medicina (CFM), os médicos brasileiros têm
feito a prescrição do uso do CBD, principalmente para tratar epilepsias
refratárias em crianças e transtornos como esquizofrenia, mal de Parkinson e
ansiedade, entre outros. O texto cita haver melhoras nesses pacientes, principalmente
para a redução da frequência dos episódios de crise convulsiva.
O uso do medicamento foi
liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas o custo
ainda é muito elevado. Ele não é adquirido em farmácias convencionais. Quase
sempre os pacientes precisam importar os remédios feitos com CBD ou adquiri-los
de organizações voluntárias que manipulam a planta para extrair o óleo sem o
devido respeito aos protocolos sanitários.
Girão lembrou que é obrigação
do SUS prover a seus usuários assistência integral à saúde — com assistência
farmacêutica incluída.
“Reconhecemos as necessidades
das famílias, o alto custo dos produtos importados e, em alternativa ao enorme
risco da permissão do plantio e o cultivo da Cannabis no território brasileiro,
por isso pedimos a distribuição do medicamento a base de canabidiol pelo SUS”,
disse o senador via Twitter.
O senador é contrário ao Projeto de Lei (PL) 399/2015, que busca viabilizar a comercialização de produtos e medicamentos que contenham extratos, substratos ou partes da planta Cannabis sativa em sua formulação e o cultivo da planta por pessoas jurídicas, em situações específicas. A proposta feita por Girão ao Ministério da Saúde busca dar uma alternativa a quem necessita usar a substância.
Fonte: Agência Senado.
