Desde
o 21 de setembro, o gatil do Centro de Detenção Provisória (CDP) “Dr. Félix
Nobre de Campos”, de Taubaté, está com nova decoração. Os detentos da unidades
da Penitenciária II de Potim, que trabalham na confecção de casinhas para cães
abandonados, produziram e doaram dez prateleiras de madeira desenvolvidas para
acomodar gatos.
A iniciativa
de criar peças para os felinos tem como objetivo expandir o potencial criativo
dos detentos, que já dominam as técnicas de marcenaria e de pintura. Os paletes
de madeira, matéria-prima do projeto, chegam ao presídio por meio de parcerias
com empresas que precisam descartar o material. A tinta e outros apetrechos da
produção foram doados pela sociedade civil ou por ONGs e outras entidades.
Oito presos
do regime semiaberto participam da atividade e recebem remição de pena pelo
trabalho realizado. “O modelo e as medidas das prateleiras foram encaminhados
por membros do Conselho da Comunidade da Vara da Execução Criminal (CCVEC) de
Taubaté, então, a única coisa necessária para fabricar os itens foi o talento
dos reeducandos”, afirma o diretor-geral da unidade de Potim, Gustavo Henrique
Costa.
O diretor
explica que a peças são desenvolvidas em coleções sob demanda para doações
especiais. Além do gatil no CDP, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de
Taubaté também recebeu acessórios para gatos. A ação aconteceu em meados de
agosto e foram doadas 21 peças, entre prateleiras, beliches e casinhas de
madeira.
Cachorros
A responsabilidade com o bem-estar animal está presente em presídios do Vale do Paraíba e Litoral Norte. Além da Penitenciária II de Potim, os presos do CDP “Dr. José Eduardo Mariz de Oliveira”, de Caraguatatuba, e do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) “Dr. Edgard Magalhães Noronha”, de Tremembé, produzem casinhas para cães abandonados como atividade laborterápica.
As doações
são organizadas pela ONG Patas Pela Inclusão e pelo CCVEC de Taubaté. A ação
acontece em feiras de adoção dos cães que estão abrigados no canil da
Penitenciária I “Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra”, de Tremembé.
Entidades que
cuidam de animais também recebem as peças. Em setembro, os presos de Potim
produziram doze casinhas para o Santuário de Pachamama, recinto em Cunha que
recolhe cães abandonados. “O engajamento dos presos é total, são verdadeiros
artistas”, afirma Márcia Toledo, integrante do CCVEC e do Patas Pela Inclusão.