Crimes contra a administração pública, como corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e, especialmente, facilitação de contrabando, praticados por agentes públicos e empresários do ramo madeireiro, são o alvo da Operação Akuanduba, da Polícia Federal, nesta quarta-feira (19).

Na ação, cerca de 160 policiais federais cumprem 35 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e nos estados de São Paulo e Pará. As medidas foram determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Além das buscas, o STF determinou o afastamento preventivo de 10 agentes públicos ocupantes de cargos e funções de confiança no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e no Ministério do Meio Ambiente.
As investigações foram iniciadas em janeiro deste ano a partir de informações obtidas junto a autoridades estrangeiras noticiando possível desvio de conduta de servidores públicos brasileiros no processo de exportação de madeira.
Akuanduba, que dá nome à operação, é uma divindade da mitologia dos índios Araras, que habitam o estado do Pará. Segundo a lenda, se alguém cometesse algum excesso, contrariando as normas, a divindade fazia soar uma pequena flauta, restabelecendo a ordem.
Servidores do IBAMA e do Ministério do Meio Ambiente são afastados
Durante a operação, pelo menos dez servidores do IBAMA e do Ministério do Meio Ambiente foram afastados. Veja a lista:
Eduardo Bim
Leopoldo Penteado
Vagner Tadeu Matiota
Olimpio Ferreira Magalhães
João Pessoa Riograndense Moreira jr
Rafael Freire de Macedo
Leslie Nelson Jardim Tavares
Andre Heleno Azevedo Silveira
Arthur Valinoto Bastos, analista
Olivaldi Alves Azevedo Borges
