Por redação:
Neste domingo (13) Católicos de todo o Brasil, celebram o Domingo de Ramos. Mais do que uma simples tradição de levar ramos abençoados para casa. Ele marca o início da Semana Santa, o tempo mais importante do ano para os, cristãos. Nesse dia é celebrado, a entrada de Jesus em Jerusalém, a cidade onde Ele entregaria a vida por amor a todos nós. É uma celebração que reúne alegria e dor, vitória e sofrimento. De um lado, a multidão que acolhe Jesus com festa; de outro, já se faz presente a sombra da cruz que se aproxima.
Os Evangelhos relatam que Jesus chegou montado em um jumento. Pode parecer um detalhe simples, mas esse gesto carrega um significado profundo. Naquele tempo, os reis e guerreiros usavam cavalos – símbolos de poder e guerra. Jesus, ao escolher um jumentinho, releva que o Reino de Deus não se impõe pela força, mas chega com humildade, mansidão e paz. Era o cumprimento da profecia de Zacarias: “Eis que o teu Rei vem a ti, humilde, montado num jumento” (Zc 9,9).
Ao entrar na cidade, o povo estende mantos no chão e agita ramos, aclamando: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor!”. “Hosana” significa “Salva-nos”. Aquelas pessoas reconheciam em Jesus a esperança de um Salvador, aquele que poderia libertá-las e dar um novo sentido à vida.
Na tradição da Igreja, esse momento é tão significativo que o repetimos todos os anos. Na procissão de Ramos, saímos em comunidade, com nossos ramos nas mãos, para manifestar nosso desejo de acolher Jesus em nossas vidas. Levamos os ramos abençoados para casa, colocamos em um cantinho especial, trocamos com familiares e vizinhos como sinal de paz. Mas é essencial lembrar: mais importante do que o ramo que guardamos é o coração aberto para receber o Senhor.
Logo após a procissão, na mesma celebração, ouvimos a leitura da Paixão de Cristo. É como se a liturgia nos perguntasse: “Agora que acolheram Jesus como Rei, estão prontos para segui-Lo até a cruz?”. Porque o caminho do Senhor não se encerra na entrada triunfal de Jerusalém. Ali começa a entrega total, a doação de vida, a vitória conquistada pelo amor. E o convite é claro: não basta celebrar com ramos e cantos, é preciso caminhar com Ele até o Calvário.
Durante a Semana Santa, somos chamados a mergulhar nesse mistério. A reviver, com fé, os últimos passos de Jesus na Terra: sua prisão, julgamento, morte e ressurreição. O Domingo de Ramos nos ensina que a verdadeira fé não se limita a festas e aos aplausos, mas exige coragem para estar com Jesus também nos momentos de dor.
Em muitas famílias, existe o bonito costume de usar o ramo abençoado nas orações e pedidos de proteção. Alguns o colocam junto à porta, outros no oratório da casa; há ainda quem o disponha sobre a mesa da Páscoa, pedindo a benção de Deus sobre o alimento e a convivência. São gestos simples, mas cheios repletos de significado, que nos lembram que a fé se vive no cotidiano, com atitudes concretas de amor, perdão e serviço.
O Domingo de Ramos nos prepara para viver, com intensidade, os dias santos que virão. Ele nos recorda que, como Maria, João e as mulheres que ficaram aos pés da cruz, também somos chamados a permanecer firmes com Jesus, confiando que, depois da cruz, vem a ressurreição.
Que neste Domingo de Ramos possamos, com humildade e fé, abrir as portas do nosso coração e deixar Jesus entrar. Que Ele reine em nossas vidas – não como um rei de glórias passageiras, mas como o Senhor que nos ensina a amar até o fim. E que, com ramos nas mãos e a esperança renovada, possamos segui-Lo até a vitória da vida nova, que celebraremos na Páscoa.